REVISÃO SISTEMÁTICA DO TRATAMENTO INTRA-ARTICULAR NA OSTEOARTRITE

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A Osteoartrite (OA) é a mais prevalente das doenças osteoarticulares; embora possa comprometer qualquer uma das articulações diartrodiais, a mais frequentemente acometida é o joelho.

Pacientes com OA de joelho sofrem de dor mecânica, rigidez após repouso, de duração menor que outras artropatias inflamatórias, como artrite reumatoide, e diferentes graus de limitação funcional, que se correlacionam com o nível de envolvimento articular e constituem uma das causas mais frequentes de distúrbio para a realização das atividades de vida diária.

Na abordagem terapêutica da OA, é fundamental informar o paciente sobre a doença e a sua progressão, bem como os tratamentos não farmacológicos, que incluem exercícios adequados e de baixo impacto, cinesio e fisioterapia, manutenção de um peso corporal correto e uma alimentação saudável. Em relação ao tratamento farmacológico, seu objetivo é aliviar os sintomas do paciente e retardar a evolução da doença com medicamentos de ação lenta, que podem ser administrados por via oral, tópica ou injetável.

Entre os tratamentos injetáveis estão aqueles administrados por via intra-articular (IA), que possibilita o acesso direto do medicamento à articulação afetada; As opções mais usadas hoje são:

  • Ácido Hialurônico (AH): é conhecido como viscossuplementação e o seu objetivo é reparar a perda de AH que causa OA, por meio da injeção de AH exógeno.
  • Corticosteroides (C).
  • Plasma Rico em Plaquetas (PRP).

O objetivo de Phillips et al foi realizar uma revisão das Diretrizes de Prática Clínica (CPG) contendo recomendações para o tratamento IA da OA, enfatizando as três opções referidas.

A metodologia deste estudo incluiu uma busca no ECRI (Emergency Care Research Institute), Guidelines Trust database, the Guidelines International Network database, Google Scholar, and the Trip (Turning Research Into Practice) database.

As recomendações das Diretrizes foram categorizadas pelos autores como: fortes, condicionais ou incertas, a favor ou contra o uso de cada uma das três terapias de IA. A estratégia de busca identificou 27 GPCs que fizeram recomendações a esse respeito. No total, verificaram-se:

  • 20 Recomendações a favor do uso de AH IA.
  • 21 Recomendações a favor do uso de C IA.
  • 9 Recomendações incertas ou incapazes de constituir uma recomendação a favor ou contra o uso do PRP com base nas evidências disponíveis.

A maioria das recomendações considera AH IA e C IA para alívio dos sintomas quando outras intervenções não cirúrgicas são ineficazes.

Os C IA proporcionam alívio rápido dos sintomas para controlar a exacerbação aguda dos episódios da doença, embora a duração de seu efeito seja curta.

O AH demonstrou um início de ação relativamente tardio, mas com uma duração de ação mais prolongada.

Os autores relataram que um corpo crescente de evidências científicas na literatura sustenta que há uma diferença de ação entre os diferentes tipos de AH, principalmente em relação ao seu peso molecular, o que pode explicar a heterogeneidade na avaliação observada nas orientações individuais sobre viscossuplementação; entretanto, em uma avaliação global, como a realizada por Phillips et al, fica mais claro o aval para essa modalidade terapêutica.

No que diz respeito à utilidade do PRP, os DPC consideram que, atualmente, as recomendações sobre este procedimento carecem de provas definitivas a favor ou contra a sua utilização.

Fonte: A Systematic review of current clinical practice guidelines of intra-articular Hyaluronic Acid, Corticosteroid, and Platelet-Rich Plasma injection for knee Osteoarthritis. An international perspective. Phillips M; Bahndari M; Grant J et al. The Orthopaedic Journal of Sports Medicine, 9(8), 23259671211030272 DOI: 10.1177/23259671211030272, 2021.

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